Mesas e Palestras

PALESTRAS:


Terça-feira, dia 21 de outubro, 13:30h Da autonomia à territorialidade autônoma: sobre a dialética entre conceitos de referência e lutas concretas. Prof. Marcelo Lopes de Souza (UFRJ),   Mediadora: Profa. Leila Christina Dias.

“Autonomia” converteu-se em um dos termos-chave do debate crítico-político dos últimos vinte anos, em torno do qual, no entanto, subsistem várias incompreensões e confusões. Para além de buscar clareza quanto ao(s) seu(s) significados e suas implicações, cabe ainda, no entanto, refletir sobre a dimensão espacial (ou a espacialidade) dessa ideia, o que é imprescindível quando se trata de examinar a sua operacionalidade prática.

Indignada com problemas locais, regionais, nacionais e globais, a população começou a ganhar as ruas e praças, mas também espaços outros, fora das grandes cidades e metrópoles, pelo mundo afora, como mostra o “território zapatista” em Chiapas, que surgiu para o mundo, de forma espetacular, em 1994, há exatos vinte anos. Novas ou renovadas práticas de auto-organização política foram se espraiando, com derrotas e vitórias se alternando: Seattle, Praga, Gênova (São Paulo...) e outros palcos de famosos “dias de ação global”; na Argentina, piqueterosasambleas barrialesempresas recuperadas; na Espanha, oMovimiento 15-M; na Grécia, a exemplo da Espanha, as revoltas contra os ajustes estruturais na Zona do Euro; nos EUA, o Ocuppy Wall Street, cujo modelo tentou-se fazer replicar em muitas cidades do mundo; na Turquia, a revolta em torno do Gezi Park...  Apesar das especificidades, a “autonomia” e valores e princípios a ela relacionados (autogestão, horizontalidade etc.) são comuns a essas e outras expressões de resistência. Que usos concretos, porém, estão sendo feitos da ideia de “autonomia”? E com que pressupostos e implicações? E, finalmente: qual é a relação entre a tradição de reflexão político-filosófica (ocidental) e as apropriações e “reinvenções” da ideia em questão pelo mundo afora?

Quarta-feira, dia 22 de outubro, 18:30h Territorialidade e Litoral – O caso da Lagoa da Conceição – Florianópolis – Alécio dos Passos Santos (AMOLA).

A área da Lagoa da Conceição é um dos principais pontos turísticos da Ilha de Santa Catarina contendo pontos de preservação ambiental. O entorno da lagoa possui densa população humana que sofre desde 2005 com ações do Ministério Público Federal para a desocupação da área marginal a lagoa. Um parecer do representante dos moradores com informações atualizadas sobre o caso, apresentando a real situação e possíveis soluções, será o tema contemplado pela palestra.


Quinta-feira, dia 23 de outubro,  10h Territorialidade e SUS:  Prof. Felipe Brognoli (UFSC).

A temática referente a Territorialidade e SUS busca descrever o caminho da saúde no desenvolvimento regional. A compreensão de territorialidade é essencial para a identificação de prioridades de intervenção, fazendo com que ocorra a discussão sobre sistemas funcionais de saúde, de forma que se faça presente a abordagem sobre a construção do Sistema único de Saúde.


MESAS:



Segunda-feira, dia 20 de outubro, 10h Copa e Criminalização dos Movimentos Sociais Avanilson Alves Araújo (ocupação Esperança–SP);

Desde as jornadas de junho, vemos uma crescente das lutas no país. Logo após os atos contra a copa das confederações, ano passado, vimos uma onda de greves e paralisações que vem se seguindo até este ano, como foi a greve dos garis no Rio de Janeiro ou dos metroviários em São Paulo. Como de costume, junto desse aumento de lutas houve também um aumento da criminalização dos lutadores. Avanilson, advogado da Ocupação Esperança e militante da Luta Popular, comentará essa situação que aflige a todos aqueles que estão dispostos a reivindicar seus direitos.   

  


Segunda-feira, dia 20 de outubro, 16h Museus, paisagens e territórios - olhares interdisciplinares contemporâneos - Flávia Lima (Geodiversidade – Soluções Geológicas Ltda.), Teresa Fossari (MArquE/UFSC), Valdemar Lima (Museologia/UFSC).
A mesa propõe um diálogo interdisciplinar sobre museus, territórios e paisagens, abordando diferentes usos, ações e estratégias de pesquisa nesses espaços, a partir de três campos disciplinares – arqueologia, geoconservação e museologia – tendo em perspectiva os desafios epistemológicos, sociais e políticos de intervenções e pesquisas.


Segunda-feira, dia 20 de outubro, 18:30h Luta por moradia no espaço urbano.  Rui (Ocupação Amarildo) e  Profa.Susan Tornquist (UDESC);


 Esta mesa tem como finalidade promover o debate sobre a experiência da Comuna Amarildo, avaliar as dificuldade para moradia popular nas grandes cidades e o problema da grilagem e concentração fundiária urbanas e as dificuldades e possibilidades dos movimentos sociais de moradia.


Terça-feira, dia 21 de outubro, 10h Cinema, História e Sociedade: Cineasta Sylvio Back e  Prof. Alexadre Busko Valim (UFSC).


Esta mesa tem como finalidade o debate sobre diferentes experiências cinematográficas, de roteiro, direção e edição; tendo como alvo a relação da produção cinematográfica e sua relação com o conhecimento histórico e das ciências humanas e sociais.


Terça-feira, dia 21 de outubro, 18:30h A Palestina e seus conflitos territoriais – Prof. Márcio Voigt (UFSC)  e Khader Othman (Comunidade Palestina).


O conflito árabe-israelense e sua dimensão territorial: Da divisão dos povos ao confinamento palestino (1948-2014). Esta mesa tem como finalidade avaliar os diferentes momentos conflitivos que resultaram na brutal redução espacial das populações nativas da palestina nos últimos 60 anos, o que resultou em redução e fragmentação de territórios, além da criação de muitos núcleos de refugiados exilados em outros países.


Quarta-feira, dia 22 de outubro, 10h Populações Tradicionais e conflitos territoriais.Cacica Eunice ( TI Morro dos Cavalos) e Helena Marques (Comunidade Quilombola Vidal Martins).



Quando pensamos em territorialidade não podemos negar de dar voz as verdadeiras “testemunhas especialistas” e peritas nos assuntos proposto pela semana.  Nesta mesa somos contemplados com a possibilidade de ouvir sujeitas de ações políticas que normalmente são objetos de discurso, que  assumiram não só o protagonismo de suas vidas diante de conflitos territoriais mas a agencia de suas próprias historias comunitárias.  Vamos ter um relato dos representantes das comunidades TI Morro dos Cavalos e Quilombola Vidal Martins sobre a situação atual dos desdobramentos nas suas áreas territoriais. 



Quarta-feira, dia 22 de outubro , 16h Práticas de Produção Coletiva.  Prof. Mauricio Sardá (UFPB) e Profa. Valéria de Marcos (USP). Mediação José Carlos Mendonça (LASTRO-UFSC).

Serão abordados temas como práticas de produção coletiva e comunitária no campo, inspiradas teoricamente por perspectivas anarquistas e marxistas; experiências de trabalho associado, fábricas recuperadas e economia solidária, fazendo a discussão teórica e identificando os exemplos práticos que mostram os avanços e contradições entre a teoria e a práxis.



Quinta-feira, dia 23 de outubro, 18:30h Situação do Plano Diretor de Florianópolis: Prof. Elson Pereira (GCN-UFSC)e Lino Bragança Peres (ARQ-UFSC)


Esta mesa tem como finalidade avaliar a atual situação dos debates e impasses políticos a respeito da tramitação legislativa do Novo Plano Diretor de Florianópolis. O Plano em tela será avaliado dos pontos de vista urbanístico, geográfico, social e ambiental.